A associação Helpo convocou vários países lusófonos para um
"Mergulhão" em simultâneo a 04 de outubro, que a organização
apresenta como um ato simbólico por um mundo mais unido, justo e pacífico.
Oevento está marcado em simultâneo para Portugal, São Tomé e
Príncipe, Guiné-Bissau e Moçambique, os países onde a Organização Não
Governamental para o Desenvolvimento (ONGD) tem intervenção com projetos em
várias áreas, como disse à Lusa Paulo Fernandes da Helpo.
O "Mergulhão" é um evento público, gratuito, e
aberto a todos, que em Portugal tem ponto de encontro na praia da Conceição, em
Cascais, e que está a ser preparado também em Moçambique, São Tomé e Príncipe e
Guiné-Bissau "para um mergulho simultâneo no mar".
Paulo Fernandes explicou à Lusa que até à altura da pandemia
de covid-19 a Helpo organizava uma corrida solidária com o objetivo extra de
angariar fundos para os projetos em que está envolvida.
Depois da pandemia a corrida solidário deixou de se fazer,
mas a organização pretende relançar um evento anual semelhante, sem o objetivo
da obtenção de fundos, mas com um propósito simbólico de "alertar para
este sentimento de união", ao mergulhar em simultâneo "no mesmo
mar".
Numa altura "em que o mundo está tão crispado", a
Helpo quer com este "Mergulhão" alertar as pessoas.
"É quase uma paragem para refletir", apontou Paulo
Fernandes.
A organização ainda não sabe quantos pessoas reunirá o
evento, que, como disse Paulo Fernandes, ainda está em preparação.
"Acreditamos no poder dos gestos simbólicos e
de união global", é o lema da Helpo que espera conseguir fazer do
"Mergulhão" um movimento global anual de "sensibilização
pela paz, empatia e cooperação entre povos, para mostrar que juntos"
é possível "mergulhar por um mundo mais justo, solidário e pacífico".
"Queremos incluir todos neste ato simbólico e agregar
outras organizações e pessoas para se juntarem a nós. Quantas mais pessoas e
organizações, mais juntos estamos", afirmou Paulo Fernandes.
O Mergulhão conta com o apoio da Câmara Municipal de
Cascais, em Portugal, às 10:00 de 04 de outubro com transmissão em direto dos
mergulhos nos outros locais, nomeadamente Pemba, Ilha de Moçambique, Maputo,
São Tomé e Bissau.
Desde 2008 que a Associação Helpo desenvolve projetos em
Portugal, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau para a promoção do
desenvolvimento através da educação, nutrição e saúde maternoinfantil, ajuda
humanitária e de emergência e educação para o desenvolvimento e cidadania
global.
A intervenção da Helpo efetiva-se através da construção de
escolas, bibliotecas, creches, centros de nutrição, cantinas escolares,
sistemas de aproveitamento de águas pluviais, formação comunitária, educação
para a saúde, assistência e formação contínua.
Estas atividades são financiadas, segundo a Helpo, através do Programa de Apadrinhamento de Crianças à Distância, donativos livres, projetos financiados por agências internacionais e empresas, chegando, atualmente, a quase 182 mil crianças.
© Lusa
