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Artistas são-tomenses regressam de residência artística em Maputo

Artistas são-tomenses regressam de residência artística em Maputo com novas perspectivas culturais

A actriz e rapper Vanessa Faraye o bailarino Eduardo Lourenço, regressaram a São Tomé e Príncipe depois de três semanas intensas em Maputo, Mocambique, onde participaram na residência artística internacional Resistir Para Existir. O projecto reuniu mais de 16 jovens criadores dos PALOP, Timor-Leste e Portugal, num exercício colectivo de recriação das manifestações artísticas das lutas de libertação colonial e das lutas anti-fascistas em Portugal.

Para Vanessa Faray, a experiência foi transformadora.

"Esta residência em Maputo foi inspiradora, porque é um encontro de culturas, de trocas de experiências e eu como artista aprendi muito todos os dias. Aprendi coisas novas, técnicas novas e é super importante para mim como artista e como mulher são-tomense que sou", afirmou.

A artista sublinhou ainda a importância de afirmar a identidade do seu país num contexto multicultural.

"Estar na residência afirmou a nossa cultura é faz presente a cultura são-tomense, na dança, no teatro, na música e sem esquecer o nosso crioulo fôrro".

O bailarino Eduardo Lourenço, formado em dança contemporânea e com forte ligação à tradição rítmica são-tomense, destacou a partilha como uma das maiores riquezas do encontro.

"Foi uma aprendizagem intensa, cada ensaio era um desafio. Trouxe o tchilolipara o colectivo, mas também aprendi com os colegas de Angola, Moçambique ou Timor. O que vivemos lá não fica apenas em Maputo, trago comigo a responsabilidade de partilhar em São Tomé tudo o que aprendi", disse.

Durante a residência, Vanessa e Eduardo participaram em ensaios, oficinas e debates sobre memória, identidade e resistência, cruzando música, poesia, dança e performance. No espectáculo final, realizado no Centro Cultural Moçambique-China, Vanessa interpretou temas como "Eles Comem Tudo", de Zeca Afonso, e deu voz a momentos corais ao lado de colegas de Cabo Verde, Moçambique e Guiné-Bissau. Eduardo integrou coreografias colectivas e destacou-se na recriação do tchiloli, que ganhou novo fôlego no palco internacional.

O projecto foi organizado pela Associação Cultural Scala, em parceria com a Khuzula Investments, no âmbito do PROCULTURA, programa financiado pela União Europeia e co-financiado e gerido pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P..

Agora de regresso a São Tomé e Príncipe, os dois artistas querem dar continuidade ao que viveram.

 

Esta residência vai impactar muito a minha carreira como cantora, actriz e dançarina. Quero dar cada vez mais destaque ao meu país e às nossas expressões culturais,concluiu Vanessa Faray.

Eduardo partilha a mesma visão: "São Tomé precisa de espaços de criação e de intercâmbio. Espero que este seja apenas o início de muitas colaborações", concluiram.

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