SESSÃO DE APRESENTAÇÃO DO II DICIONÁRIO DE LÍNGUA GESTUAL DE
SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE
E DA 2.ª EDIÇÃO DO MANUAL DE PORTUGUÊS PARA SURDOS EM SÃO
TOMÉ E PRÍNCIPE (1.º CICLO) – “NA ESCOLA DA ROSA E DO TOMÉ”
O Projeto
ERGUES – Ensino e Reforma da Governação Educativa em São Tomé e Príncipe,
financiado pela Cooperação Portuguesa, organiza, em parceria com o
Ministério da Educação, Cultura, Ciência e Ensino Superior (MECCES), na tarde
da próxima 4.ª feira, dia 24 de setembro, às 15h, no Centro
Cultural Português, em São Tomé, a Sessão de Apresentação do II
Dicionário de Língua Gestual de São Tomé e Príncipe e da 2.ª edição
do Manual de Português para Surdos em São Tomé e Príncipe (1.º ciclo) – “Na
Escola da Rosa e do Tomé”.
O II Dicionário de Língua Gestual de São Tomé e
Príncipe, coordenado pelos docentes da Universidade Católica Portuguesa, Ana
Mineiro e Paulo Vaz de Carvalho, constitui uma 2.ª edição revista, melhorada e
aumentada do Dicionário de Língua Gestual de São Tomé e Príncipe (2014). Este
dicionário dirige-se principalmente a crianças, professores e pais que usam
esta língua, enquanto ferramenta para a comunicação e para o ensino. É um
dicionário bilingue (Língua Gestual de São Tomé e Príncipe e Língua
Portuguesa), organizado em torno de 21 áreas temáticas e tem uma
nomenclatura de 470 gestos, que, acompanhados da palavra escrita em
português, foram ilustrados, fotografados e filmados com gestuantes
são-tomenses, permitindo, através de um código QR, que o gesto em movimento possa
ser visualizado.
Será também lançada a 2.ª edição do Manual de
Português para Surdos em São Tomé e Príncipe, “Na Escola da Rosa e do Tomé”,
uma edição revista e aumentada face a 2019. Este manual dirige-se a alunos do
1.º Ciclo do Ensino Básico (do 1.º ao 4.º ano) e os textos retratam temas da
vida quotidiana dos surdos, a sua relação com a escola, a sua posição na
família, as emoções e as suas relações com o mundo exterior.
“Pedagogicamente, o manual enquadra-se na linha da mais
moderna educação de surdos e ensino da língua escrita a surdos. Os surdos, ao
não terem acesso à língua oral, devem assentar a sua aprendizagem na leitura e
na escrita da língua portuguesa, partindo de recursos e modelos visuais, tendo
por base, sempre, a sua primeira língua, neste caso, a Língua Gestual de São
Tomé e Príncipe.”, lê-se na introdução ao manual.
Esta atividade insere-se no âmbito da 6.ª missão
conjunta do Projeto
ERGUES, que decorre entre 8 e 26 de setembro, em São Tomé. Esta
missão engloba três instituições de Ensino Superior (IES) portuguesas parceiras
do projeto: a Universidade de Évora, o Instituto Politécnico de
Santarém e Universidade Católica Portuguesa.
O Projeto
ERGUES, com a duração de 36 meses (de 1 janeiro de 2024 a 31 de dezembro de
2026), tem como objetivo geral contribuir para a melhoria da qualidade, da
equidade e da inclusão no sistema educativo de São Tomé e Príncipe, atuando
em 4 eixos de intervenção: ensino técnico-profissional de dupla
certificação, materiais didáticos digitais para o ensino básico e secundário,
formação de professores e investigação em educação e reforço da capacidade
institucional do Ministério da Educação.
O Projeto
ERGUES é financiado pela Cooperação Portuguesa, através do Camões, I.P., e coordenado
e cofinanciado pela Associação Marquês de Valle Flôr (AMVF) e o Instituto
Marquês de Valle Flôr (IMVF). Tem como parceiros de implementação e
cofinanciadores a Universidade de Aveiro, a Universidade
de Évora, o Instituto Politécnico de Santarém e
a Universidade Católica Portuguesa, e
como parceiros de implementação e beneficiários o Ministério da Educação, Cultura,
Ciência e Ensino Superior de São Tomé e Príncipe e a Universidade de São Tomé e Príncipe.
Catarina Benedito
