A greve da comunicação social são-tomense prevista para hoje
foi suspensa, depois da assinatura de um memorando com o Governo de São Tomé e
Príncipe, que se comprometeu a
"Após vários encontros com o Governo chegou-se ao
entendimento que se refletiu na assinatura de um memorando, onde o Governo
compromete-se, no prazo de vinte (20) dias a apresentar propostas para
resolução definitiva das preocupações levantadas", lê-se no comunicado do
sindicato enviando às redações.
Na terça-feira, o porta-voz do sindicato dos
jornalistas, Edmilson Numbe, explicou à comunicação social são-tomense que
o sindicato iria manter o pré-aviso de greve, prevista para hoje, porque
considerava que ainda nada estava definido, apenas "negociações".
No entanto, a fonte sindical enalteceu, na mesma ocasião, a
boa vontade do Governo através da iniciativa da reunião de terça-feira e frisou
que "há abertura dos dois lados" para um possível "memorando de
entendimento", algo que veio a acontecer.
Contextualizando, Numbe referiu ainda, na terça-feira, que
tinham sido discutidas na reunião "a questão da grelha do reajuste
salarial que está a ser desenvolvido pelo executivo, a questão da taxa
audiovisual, a questão do próprio enquadramento dos profissionais".
Em maio, o sindicato dos jornalistas já se tinha
mostrado "indignado" com a "falta de políticas claras"
para uma comunicação social "independente, pró-ativa, isenta e que preste
serviço de qualidade à população" do arquipélago.
A porta-voz do organismo na altura, Fernanda Costa Alegre,
referiu que ao longo dos anos o sindicato tem "assistido com alguma
indignação os sucessivos governos a procrastinar o futuro da Comunicação Social
com falta de políticas claras".
Lusa
