Segundo o ministro, os 37 milhões de dólares serão
destinados para obras, aquisição de equipamentos e formação de recursos
humanos, sendo que, do valor total, o BADEA vai assegurar cerca de 18 milhões
de dólares, o Fundo Kuwait 16,44 e o Estado são-tomense cerca de 2,5 milhões de
dólares.
27As obras do futuro hospital de referência de São Tomé
começam em 2026, financiadas pelo Fundo Kuwait e o Banco Árabe de
Desenvolvimento Africano (BADEA), e custará 37 milhões de dólares (32 milhões
de euros), anunciou hoje o Governo.
“Já temos o total engajamento também do BADEA para completar
os tais 37 milhões para o custo total do projeto”, sublinhou o ministro de
Estado, da Economia e Finanças de São Tomé e Príncipe, Gareth Guadalupe, no
final de uma semana de negociações com representantes do Fundo Kuwait e do
BADEA.
Segundo o ministro, os 37 milhões de dólares serão
destinados para obras, aquisição de equipamentos e formação de recursos
humanos, sendo que, do valor total, o BADEA vai assegurar cerca de 18 milhões
de dólares, o Fundo Kuwait 16,44 e o Estado são-tomense cerca de 2,5 milhões de
dólares.
Gareth Guadalupe assinou hoje um memorando de entendimento e
adenda ao contrato de empréstimo com o representante do Fundo Kuwait,
tendo afirmado que foi agora definido que os valores não serão
transferidos para a conta do Estado são-tomense, sendo que as despesas para a
execução do projeto serão pagas diretamente pelo Fundo Kuwait.
“Nós não precisamos ter o valor connosco, o que precisamos é
ter o hospital completamente equipado”, sublinhou o ministro, que apelou para
que não se faça política com este projeto.
Gareth Guadalupe adiantou que as obras deverão começar no
primeiro trimestre de 2026, mas nas próximas duas semanas o Governo vai
iniciar os trabalhos para assegurar o fornecimento exclusivo de energia, água e
internet de fibra ótica para os serviços do novo hospital, que incluirá uma
unidade de hemodiálise.
O projeto inicial concebido em 2016 previa a reabilitação do
atual Hospital Ayres de Menezes em São Tomé, tendo o Governo são-tomense
assinado um acordo de empréstimo com o Fundo Kuwait no valor de 17 milhões de
dólares para o efeito.
A assinatura do acordo de empréstimo gerou polémicas no
país, e com a mudança de Governo em 2018 levou a prisão preventiva do atual
primeiro-ministro são-tomense, Américo Ramos, que na altura assinou o acordo
enquanto ministro das Finanças do Governo do ex-primeiro-ministro Patrice
Trovoada (2018-2018).
O executivo do ex-primeiro-ministro Jorge Bom Jesus
(2018-2022) reestruturou o projeto e o valor subiu na altura para cerca de 32
milhões de dólares, sem que as obras se tivessem iniciado.
O atual executivo liderado por Américo Ramos, empossado em
janeiro, optou pela construção do novo hospital, na zona de Ferreira
Governo, no distrito de Lobata, o que definiu como a sua “principal bandeira”.
Lusa
