O Presidente são-tomense acusou esta terça-feira, 15, o
parlamento de promover intrigas e interesses de grupo, após lhe atribuir a
responsabilidade pelo cancelamento da sessão solene do parlamento no âmbito dos
50 anos da independência do arquipélago.
Carlos Vila Nova quando instado pelos jornalistas a
esclarecer a polémica, afirmou que “estamos sempre preparados para arremessar.
Quando, ao longo desse tempo, desde o dia 09 de Junho, o apelo que eu tenho
feito é à aproximação, é à paz, é à unidade”.
De acordo com a presidente do parlamento, Celmira
Sacramento, em causa está o cancelamento pelo parlamento da sessão prevista
para a passada sexta-feira, em alusão aos 50 anos da independência do
arquipélago, devido,
“à indisponibilidade do Presidente da República e
do primeiro-ministro.
“Tínhamos tudo preparado, mas, a solenidade do ato era
precisamente para ter presença de individualidades, de entre elas, sua
excelência o Presidente da República, senhor primeiro-ministro e muitos outros
convidados. Convidámos corpos diplomáticos e muitas outras individualidades.
Não havendo essas presenças [do Presidente e do primeiro-ministro], esvaziou
todo o sentido da solenidade que queríamos dar ao ato”, explicou
Celmira Sacramento explicou quando questionada pelos
jornalistas, no final do acto central do dia 12 de Julho, na Praça da
Independência, precisou que a sessão não era uma proposta, pois “foi validada”
na comissão de honra presidida pelo Presidente da República, com participação
de representantes de outros órgãos de soberania, e acabou por ser cancelada
pelo parlamento, segundo declarou, após a instituição ser informada pelo
ministro da Defesa da indisponibilidade do chefe de Estado para estar no ato.
O Presidente da República disse no entanto que, desde o dia
08, se sabia que “a Comissão de Honra não validou” a realização da actividade,
“porque um ato solene com a programação feita pela Assembleia assemelhava-se a
dois actos solenes para o 12 de Julho”.
Delgado Teixeira
