Lusa
O Ministério Público pediu penas de prisão efetiva
superiores a cinco anos para os arguidos Fernando e Sandra Madureira, Vítor Catão,
Hugo Polaco, Vítor Aleixo, e o seu filho.
OMinistério Público (MP) pediu esta segunda-feira penas de
prisão efetiva superiores a cinco anos para os arguidos Fernando e Sandra
Madureira, Vítor Catão, Hugo Polaco, Vítor ‘Aleixo’, e o seu filho, que
tem o mesmo nome, no âmbito da Operação Pretoriano.
A procuradora Susana Catarino defendeu ainda penas
suspensas para os restantes seis arguidos e condenações mais gravosas para
Fernando e Sandra Madureira, por liderarem a alegada planificação dos
distúrbios da Assembleia Geral (AG) do FC Porto de novembro de 2023.
Nas alegações finais, no Tribunal de São João Novo, no
Porto, a magistrada do MP começou por caracterizar um “interesse desmedido” do
antigo líder da claque portista na aprovação dos estatutos em votação, motivado
pelos rendimentos que auferia ao abrigo da então direção do clube.
“Fernando Madureira explicou que tem rendimentos relativos à
venda de merchandising do clube. Fernando e Sandra Madureira queriam garantir
que continuavam a ter financiamento direto. A não aprovação da proposta de
revisão dos estatutos era vista como uma derrota, tinham um interesse desmedido
no apoio a Pinto da Costa”, alegou.
Apontou também que a provocação do clima intimidatório
partiu de um conluio com a Mesa da AG e a segurança privada contratada pelo
emblema ‘azul e branco’, que terão permanecido passivos e coniventes com os
desacatos que se verificavam numa ação concertada.
