Movimento Legendários impacta mais de 122 mil homens em 20
países com jornadas de fé, propósito e superação
Homens passam por experiência de desafio e transformação ao
redor do mundo
A resposta não está apenas na aventura, na superação física
ou no desafio mental. Está em algo muito mais profundo: um chamado por
transformação.
Para Chepe Putzu, fundador do movimento Legendários, o
cenário atual exige uma resposta à altura. “Vemos que o homem passa por um
colapso emocional, social e espiritual. De fato, os homens cometem mais
suicídio, são mais presos, abandonam a escola com mais frequência, param de ir
à escola muito mais rápido e também são mais suscetíveis ao uso de drogas. 78%
das mortes, segundo a OMS, são cometidas por homens. E entre os jovens com
menos de 30 anos, 80% desses casos são cometidos por homens. No sistema penitenciário,
95% no Brasil são homens e 91% dos assassinatos que ocorrem nas ruas do país
são cometidos por homens. Então veja a dívida que temos”, destaca o legendário.
O movimento que começou apenas com 109 homens na Guatemala,
hoje impacta mais de 122 mil vidas em mais de 20 países. Cada passo dado na
trilha, cada noite mal dormida na barraca, cada lágrima derramada durante os
momentos de vulnerabilidade fazem parte de um processo de reconstrução de
identidade, fé e propósito.
Subir a montanha é um símbolo. No Japão, esse chamado ganhou
um significado ainda mais urgente. Em um país marcado por uma das maiores taxas
de suicídio do mundo, 300 homens atravessaram o Bosque Aokigahara na primeira
missão. Na conhecida Floresta do Suicídio, “onde o silêncio muitas vezes é mais
presente que o diálogo, surgimos como um grito de fé”, disse Chepe Putzu.
O Brasil lidera o número de participantes, com mais de 40
mil homens que já decidiram subir suas montanhas. Não apenas no sentido
geográfico, mas nas montanhas internas: superar vícios, restaurar casamentos,
reconectar-se com os filhos, vencer a depressão ou reaprender a amar.
