A Universidade de Coimbra (UC) aposta na valorização da língua portuguesa como elemento central da sua afirmação internacional. “É através da língua portuguesa que nos afirmamos como universidade de prestígio no mundo inteiro”, afirmou João Nuno Calvão da Silva, vice-Reitor para as Relações Externas e Alumni.
Em ano de celebração dos 50 anos das independências de várias ex-colónias, a UC reforça a sua ligação a países como Angola, Moçambique, Brasil e Timor-Leste. A Casa da Lusofonia, criada em 2013, acolhe associações de estudantes lusófonos e simboliza o papel inclusivo da instituição. “É o retrato da Universidade de Coimbra, ancorado na nossa história de 735 anos”, afirmou.
A UC acolhe a maior comunidade de estudantes brasileiros fora do Brasil, e continua a atrair alunos dos PALOP, de Timor-Leste e de Macau. “Eles vêm estudar em português, senão escolheriam outros destinos”, sublinha o vice-Reitor.
Com parcerias ativas, como no ordenamento jurídico e na medicina em Macau, e distinções a líderes lusófonos com doutoramentos “honoris causa”, a UC fortalece a sua presença no espaço da lusofonia. Para Calvão da Silva, o humanismo e a memória histórica da universidade são trunfos que a tornam única no cenário global.
Estudantes lusófonos representam 14% do total na UC
A Universidade de Coimbra (UC) acolhe este ano letivo perto de 3.500 estudantes oriundos das antigas colónias portuguesas, incluindo cerca de 2.400 brasileiros, segundo dados da instituição. No total, os alunos provenientes da CPLP e de Macau representam aproximadamente 14% dos 25 mil estudantes da universidade.
A Casa da Lusofonia promove a integração destes alunos e o intercâmbio cultural, funcionando como ponto de encontro e de internacionalização do ensino superior em Coimbra.
Para João Nuno Calvão da Silva esta diversidade linguística e cultural “é uma mais-valia estratégica”, e reforça o papel da UC como instituição de referência no espaço lusófono.
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