O Governo são-tomense deu
inicio, na
segunda-feira, o recenseamento agrícola, que vai servir de base aos planos da
Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) para
promover o emprego no setor, foi hoje anunciado.
Em declarações à agência
Lusa, o ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural de São Tomé e Príncipe,
Abel Bom Jesus, indicou que "o recenseamento agrícola é a ferramenta que
serve de base para os planos" da FAO.
"Precisamos de
saber quantos agricultores temos, o que estão a fazer e como estão a fazer,
porque, se não planearmos e não fizermos este Censos de forma profunda, não
vamos saber o que temos nem vamos saber como lidar com isso", afirmou.
Falando após a
assinatura de um protocolo no âmbito do qual vão ser promovidos estágios de
jovens agricultores são-tomenses em Portugal, em Ferreira do Alentejo (Beja), o
governante destacou a importância do recenseamento agrícola para o
país."São mais de 30 anos sem o fazer, mas vamos fazê-lo agora",
sublinhou.
Abel Bom Jesus disse
que, além do apoio da FAO, a União Europeia também ajudou o país, ao financiar
o processo de recenseamento agrícola que agora se vai iniciar."A União
Europeia tem seguido de perto as ações em São Tomé e Príncipe e agradecemos a
todos os [países] nossos parceiros envolvidos e, sobretudo, aos povos",
pois são "as contribuições de cada cidadão que são recolhidas e enviadas
para nós", vincou.
Segundo o ministro
são-tomense, o recenseamento agrícola vai ter "uma primeira fase e,
depois, haverá uma continuidade" para manter os dados atualizados sobre o
setor. "Como ministro e como agricultor, serei o primeiro a ser recenseado
para incutir na mente dos agricultores que é preciso o recenseamento para
mostrarmos em que condições trabalhamos e para sermos melhor servidos pelo
Governo", acrescentou.
Em dezembro de
2023, o responsável da FAO no arquipélago, Argentino Pires dos Santos, e fontes
oficiais anunciaram que a organização ia elaborar uma estratégia e plano para
promover o emprego no setor agrícola para jovens são-tomenses e reduzir o
índice de pobreza.
O projeto de apoio
à formulação de uma estratégia nacional e plano de ação para a empregabilidade
dos jovens nas profissões agrícolas em São Tomé e Príncipe será financiado pela
FAO em 200 mil dólares (183 mil euros) e executado durante 19 meses, indicaram,
na altura, os responsáveis.
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