Uma delegação do Governo da República de Annobón, chefiada
pelo Ministro da Informação ao Cidadão, Gutïn Baê Töngalãn, participou
este sábado na manifestação massiva realizada em Madrid contra o rearmamento e
a militarização europeus promovida pela NATO e
pelos governos da União
Europeia.
O apelo, organizado pela Assembleia de Madri contra o
Rearmamento e a Militarização, reuniu organizações sociais, partidos como Podemos, Izquierda Unida e Sumar, e delegações internacionais, que
levantaram suas vozes contra o aumento dos gastos militares e o desvio de
fundos públicos para a indústria de armas.
Em nome da Annobon, o ministro Töngalãn enfatizou
em declarações à imprensa a importância de "se juntar a esta mobilização
global pela paz" e reafirmou a rejeição do povo annobonês "a qualquer
forma de militarismo ou belicismo, de onde quer que venha". Ele
acrescentou que "o rearmamento não é o caminho para resolver os conflitos
do mundo, mas um obstáculo que alimenta o autoritarismo, a repressão e as
desigualdades".
Um grito de paz nas ruas de Madri
A manifestação percorreu as ruas do centro da capital
espanhola, de Atocha à Puerta del Sol, sob os slogans "Não aos orçamentos
de guerra", "Gastos militares para fins sociais" e "Eles
nos instilam medo e nos vendem segurança".
A manifestação ocorreu no âmbito de um calendário de
mobilizações internacionais que busca pressionar antes da cúpula da OTAN que
acontecerá nos dias 24 e 25 de junho em Haia, onde está sendo discutido um
possível aumento dos gastos militares para 5% do PIB dos países membros.
Uma postura coerente com a luta do povo Annobonese
A delegação de Annobonesa ressaltou que essa participação
não é isolada, mas responde à convicção de que a paz, a soberania e os direitos
humanos devem prevalecer sobre os interesses econômicos das elites
armamentistas. A ilha de Annobon, vítima nos últimos anos da repressão, da
pilhagem dos seus recursos e da militarização pelo regime de Teodoro
Obiang Nguema Mbasogo na Guiné Equatorial, está preocupada com a forma
como a Europa segue um caminho semelhante de autoritarismo, silenciamento e
violência.
"Cidades pequenas como a nossa entendem bem o que a
militarização implica: repressão, medo e perda de nossas liberdades. É por isso
que estamos aqui. Paz não é neutralidade, é tomada de posição", observou
Töngalãn.
A participação da República de Annobón nesta
manifestação fortalece os laços com outras lutas por justiça social e consolida
sua presença internacional como uma voz comprometida com a paz, a soberania dos
povos e a defesa dos direitos humanos.
por Pale Press
