O novo ano lectivo em São Tomé arrancou esta terça-feira. Em
alguns distritos do país, os alunos têm que esperar até Novembro para o início
das aulas. As escolas estão a ser reabilitadas com o financiamento do Banco
Mundial.
Mais de 60 mil alunos estão matriculados nos diversos níveis
de ensino, sob o lema "Por uma família activa e inclusiva na promoção de
uma educação de qualidade para todos", o ano lectivo comporta muitos
desafios, segundo a ministra da Educação, Isabel Abreu.
"O nosso lema é a inclusão. Nós queremos primeiro as
crianças. Não iríamos fechar a matrícula, tanto assim que nós isentamos em
todos os níveis de ensino a multa e as crianças têm todo o direito de
matricular-se", declarou a governante.
Um dos desafios passa pela reabilitação de algumas
infra-estruturas escolares, como salienta Isabel Abreu.
"Temos um projecto com financiamento do Banco Mundial e
também com financiamento do OGE para a reabilitação das escolas. Mas atendendo
o nível de degradação das obras, nós neste momento temos em curso quatro
escolas no distrito de Caué, sendo a Escola de Porto Alegre, a escola de
Ribeira Peixe e as duas escolas na cidade de Angolares", informou a
ministra da Educação.
Emerge entretanto, a questão da qualidade de ensino, que
deve ser entendida como um processo contínuo e permanente.
Refira-se ainda que muito embora o sector da educação seja
um dos sectores dotados com uma grande fatia do Orçamento Geral do Estado, está
submetido aos condicionalismos económicos do país. Neste sentido, os
professores, à semelhança do resto da função pública, não receberam aumentos
salariais este ano, muito embora o tivessem reclamado num movimento de greve há
meses. O governo explicou esta opção pela necessidade de o país respeitar os seus
compromissos financeiros com a comunidade internacional e nomeadamente com o
FMI.
Rfi
