Apresentação do livro “Eu à sombra da Figueira da Índia” de Alberto Oliveira Pinto

user 09-Oct-2023 Internacional

O primeiro romance escrito pelo Professor e Historiador Alberto Oliveira Pinto “Eu à sombra da Figueira da Índia” vai ser apresentado no dia 12 de outubro, às 18 horas, no auditório da UCCLA. Trata-se de um documento que apresenta uma sucessão de pequenos episódios sobre a vida colonial na Cidade Alta de Luanda durante os anos de 1960, um livro publicado em 1990 e agora reeditado pela Elivulu Editora.

A apresentação do livro estará a cargo do escritor Tomás Lima Coelho. 

O lançamento do livro terá transmissão em direto do Facebook da UCCLA através do link https://www.facebook.com/UniaodasCidadesCapitaisLinguaPortuguesa 

Sinopse do livro:

Este livro é um documento de imensa importância para estudar a obra do renomado autor, consagrado Professor e Historiador da História de Angola. «Eu à sombra da figueira da Índia» é o primeiro romance escrito por Alberto Oliveira Pinto, em 1983, quando tinha 21 anos, e publicado em 1990.

Desenrola-se nos anos de 1960 na Cidade Alta de Luanda, literalmente à sombra duma figueira da Índia. Érica Antunes, Professora que assina o prefácio, refere que, "embora não se trate de uma obra autobiográfica propriamente dita, não podemos descurar que a vida do autor aparece permeada no dia a dia do personagem central do romance, o menino Beí - a começar pelo apelido, caro a ambos -, remetendo-nos, de algum modo, à ideia da função humanizadora da literatura, em que à necessidade de ficção e de fantasia é acrescido o desejo de se entender ‘no’ e ‘parte do’ mundo". 

À sombra da figueira da Índia, o menino protagonista está numa confortável residência com varanda gradeada de verde, relvado e portão principal, baloiço de jardim, casa de banho dos jardineiros, casa dos brinquedos, pátio da lavadeira, terraço, cheia de empregados e situada no alto da encosta, ou seja, na Cidade Alta, o que deixa bem clara a posição social privilegiada da família. Doutro lado, as barrocas, ali mesmo ao alcance dos olhos de Beí, que observa a sua feiúra e pobreza presentes principalmente a partir da descrição física de seus habitantes.

A fotografia da capa desta nova edição, onde se pode ver parte da Cidade Alta de Luanda nos anos de 1960, foi tirada pelo pai do autor, Alberto Alves de Oliveira Pinto, a partir da casa do muito referido Beco do Balão.

É um livro sobre a memória individual, mas que se interliga com a memória colectiva daquelas outrora crianças. Um exercício saudável de rememoração a que o autor nos convida a embarcar à sombra da figueira da Índia.

Biografia do autor: 

Alberto Manuel Duarte de Oliveira Pinto nasceu em Luanda, Angola, a 8 de Janeiro de 1962. 

É Doutor (2010) e Mestre (2004) em História de África pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL), onde colaborou como docente no Departamento de História. Lecionou igualmente noutras universidades portuguesas e também em universidades estrangeiras na qualidade do professor convidado. Presentemente é investigador da Universidade de Lisboa.  

É autor de diversos romances e livros ensaísticos sobre a História de Angola, tendo ganho por duas vezes o Prémio Sagrada Esperança: em 1998, com o romance Mazanga, e em 2017, com o livro de ensaios Imaginários da História Cultural de Angola. O seu maior êxito foi História de Angola. Da Pré-História ao Início do Século XXI, primeira experiência no género em 40 anos de Independência de Angola, publicado em primeira edição em 2016 e prevendo-se uma quarta edição para 2024.

Desde 2018, coordena o Curso Livre História de Angola da UCCLA - União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa, de que decorre a série do Youtube Fragmentos da História de Angola, com Anabela Carvalho. Em 2021, criou com o filho, João Alberto Freire de Oliveira Pinto, igualmente no Youtube, o programa de sucesso Lembra-te, Angola.   

Eu à sombra da Figueira da Índia, uma sucessão de pequenos quadros sobre a vida colonial na Cidade Alta de Luanda durante os anos de 1960, o primeiro livro que publicou, em 1990, embora escrito alguns anos antes, é agora reeditado pela Elivulu. 

Anabela Carvalho

 

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