Último filme de Sana Na N’hada, apresentado em Maputo

“Nome”, a quarta longa-metragem do realizador guineense Sana Na N’hada, é apresentada hoje na capital moçambicana Maputo, no âmbito da terceira edição dos Encontros do Património Audiovisual.

A obra, que aborda a história e os desafios contemporâneos da Guiné-Bissau no contexto das comemorações dos 50 anos da independência das antigas colónias portuguesas, será exibida hoje às 20h00 no Centro Cultural Franco-Moçambicano, numa sessão integrada na programação paralela do evento que decorre em Maputo até sexta-feira.

Produzido através de uma colaboração transnacional que inclui a portuguesa Lx Filmes, a angolana Geração 80, e produtoras de França e da Guiné-Bissau, “Nome” representa “um marco na cinematografia da Guiné-Bissau”, segundo os organizadores dos Encontros.

O filme, que teve estreia mundial em 2023 no ACID de Cannes, conquistou desde então reconhecimento internacional, incluindo o Grande Prémio da Competição Internacional no Festival International du Film Indépendant de Bordeaux e três prémios no Festival Internacional de Cinema Panafricano de Luanda – Melhor Filme, Melhor Realização e Melhor Atriz para Binete Undonque.

A programação cinematográfica dos Encontros inclui ainda hoje, em sessões paralelas às 18h30, “Geração da Independência” de Sol de Carvalho e Paula Ferreira no Cine-Teatro Scala, e “Spell Reel” de Filipa César no Centro Cultural Franco-Moçambicano.

Ao longo da semana, o evento apresentará produções de Moçambique, Angola, Guiné-Bissau, Portugal e Cuba, incluindo obras históricas como “O Tempo dos Leopardos” (1985) e arquivos da Cinemateca Portuguesa datados de 1929 a 1974.

A terceira edição dos Encontros do Património Audiovisual, que reúne especialistas dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, termina na sexta-feira com uma sessão dupla que inclui o clássico moçambicano “Deixem-me ao Menos Subir às Palmeiras” (1972).

Este ano, o evento é financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian e apoiado pelo Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM), pela Embaixada de França, através do programa FEF Création Africa, e pelo Institut Français, através do programa AOCA, e conta com o apoio institucional do Instituto Nacional das Indústrias Culturais e Criativas de Moçambique.

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