Mais de cinco mil reformados são-tomenses querem aumento da pensão atual, de cerca de 48 euros mensais, ou outros apoios do Governo, alegando que estão “numa situação muito difícil”, mas o executivo admite avaliar a situação apenas em 2026.
“Nós, os idosos, não temos acesso a medicamentos, não temos nada. Recebemos 1.200 dobras […] Que situação é esta em que estamos a viver? Apelamos ao Governo que olhe por nós”, lamentou o vice-presidente do grupo de reformados, José Silva, em declarações à Lusa.
Segundo Duarte, o ministro das Finanças, Gareth Guadalupe, comprometeu-se, durante uma reunião com representantes do grupo, a levar a questão ao Conselho de Ministros para análise.
“O atual Governo disse que ninguém fica para trás […] estamos a contar com o ministro das Finanças porque ele disse que será o nosso advogado”, sublinhou, Armindo Duarte.
Os pensionistas alertaram que, caso não sejam tomadas medidas concretas, irão mobilizar os reformados a absterem-se de votar nas eleições de 2026 como forma de protesto.
O diretor do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), Gilmar Benguela, disse à Lusa que esta instituição e o ministro da tutela compreendem as inquietações dos reformados e já analisaram o assunto com a comissão, admitindo que o valor da pensão não satisfaz o custo de vida atual.
Gilmar Benguela sublinhou que, “em menos de dois anos, a Segurança Social fez uma atualização de pensão de quase 50%”, precisando que em 2023 o valor era 800 dobras, subindo para 1.000 em 2024 e, em janeiro, atualizou-se para 1.200.
Lusa