Guiné Equatorial pede investimento português para diminuir dependência do petróleo

user 26-Aug-2023 Nacional

O ministro das Relações Exteriores equato-guineense, Simeón Esono Angue, apelou hoje aos empresários portugueses e do resto da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para investirem no país, ajudando-o a diminuir a dependência do petróleo.

Com 1,3 milhões de habitantes, a Guiné Equatorial é um dos principais produtores de petróleo de África, tem o maior rendimento per capita do continente, mas o Estado vive somente das receitas do setor, pelo que tem em curso um programa -- Horizonte 2035 -- para diversificar a economia.

"O governo da Guiné Equatorial concebeu um programa de desenvolvimento e de construção até 2035, estamos abertos para que venham investimentos portugueses e brasileiros, de todo o mundo, para a sua efetivação", afirmou Simeón Esono Angue, em entrevista à Lusa, à margem da cimeira da CPLP, que decorre em São Tomé.

Esse foi o tema da sua intervenção no conselho de ministros da organização, na sexta-feira, recordou.

"No meu discurso, falei que a Guiné Equatorial está a trabalhar para a diversificação económica do país. Estamos abertos para receber empresários portugueses, brasileiros, são tomenses, de todo o mundo, para atingirmos os nossos objetivos de desenvolvimento", acrescentou o governante, salientando que o seu país está também preocupado com a pirataria no Golfo da Guiné, que afeta as rotas marítimas mercantes.

Portugal e agora o Brasil têm navios empenhados na vigilância dessas águas, com operações a partir de São Tomé e Príncipe.

"O tema da pirataria marítima é um tema global e temos de trabalhar juntos. Não é um tema que só um país deve enfrentar. Um problema global necessita de soluções globais", salientou o governante.

A CPLP, que integra Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, realiza a 14.ª conferência de chefes de Estado e de Governo, em São Tomé e Príncipe, no próximo domingo, sob o lema "Juventude e Sustentabilidade".

Lusa/Fim

 

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