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Donald Trump foi libertado sob uma fiança de 200 mil dólares (185 mil euros). O antigo chefe de Estado dirigiu-se à prisão para tirar as suas impressões digitais e uma fotografia para o processo judicial.
Donald Trump, de 77 anos, aterrou esta quinta-feira na Geórgia às 19:14 (horário local, 00:14 em Lisboa). O ex-Presidente dos EUA entregou-se pouco depois das 19:30 (horário local, 00:30 em Lisboa) na prisão de Fulton e foi libertado sob o pagamento de uma fiança de 200 mil dólares (185 mil euros).
O antigo chefe de Estado norte-americano dirigiu-se à prisão para tirar as suas impressões digitais e uma fotografia para o processo judicial, tendo sido libertado cerca de 20 minutos depois.
Esta foi a primeira vez que um ex-Presidente dos EUA tirou uma fotografia em contexto policial, a chamada “mugshot”.
Trump entregou-se às autoridades, saiu em liberdade mas pagou fiança© SIC Notícias
O ex-Presidente teve ainda a sua altura e peso registados.
As condições da fiança proíbem-no de intimidar co-réus, testemunhas ou vítimas do caso, inclusive nas redes sociais. O republicano tem um histórico de atacar os procuradores que lideram os casos contra si, incluindo a procuradora distrital responsável por este caso, Fani Willis.
Vários réus no caso já passaram por este processo, incluindo o ex-advogado de Trump e ex-autarca de Nova Iorque Rudy Giuliani, que compareceu na quarta-feira na prisão.
Mark Meadows, ex-chefe de gabinete de Donald Trump na Casa Branca, entregou-se também nesta quinta-feira na prisão do condado de Fulton, onde é acusado, juntamente com o ex-presidente Republicano, de tentar falsificar as presidenciais de 2020.
Manifestantes esperaram Trump perto da prisão
Vários manifestantes aguardaram Donald Trump, num ambiente tenso. As autoridades bloquearam a rua da prisão por 800 metros, mas a multidão alinhou-se de ambos os lados da estrada que se encontrava acessível.
Donald Trump entrega-se às autoridades na Geórgia© DUSTIN CHAMBERS
“Eu não fiz nada de errado”
Após a saída da prisão, Trump voltou ao Aeroporto Internacional de Atlanta Hartsfield-Jackson para regressar a Nova Jersey, mas antes de embarcar, falou sobre as presidenciais de 2020.
"Não fizemos nada de errado e temos todo o direito a contestar uma eleição que considerámos ter sido desonesta", disse.
Afirmou, também, que nunca teve tanto apoio, mas deixou duras críticas.
“O que eles estão a fazer é interferir com as eleições, nunca houve algo assim no nosso país antes, é a forma deles fazerem campanha”, concluiu.
A acusação no condado de Fulton é o quarto processo criminal contra Trump desde março, quando se tornou o primeiro ex-presidente na história dos Estados Unidos a ser acusado.
A procuradoria acusa o ex-Presidente dos EUA de encorajar a crença na fraude e de pressionar para tentar adiar a sessão conjunta do Congresso de 6 de janeiro de 2021, quando a vitória de Biden foi certificada e o edifício do Capitólio atacado por uma multidão de apoiantes Republicanos.