São Tomé e Príncipe altamente vulnerável aos efeitos das mudanças climáticas

user 30-May-2023 Nacional

 

Apesar de STP possuir as caraterísticas de um país sumidouro de gases com efeito de estufa, contribuindo dessa forma para a sequestração de carbono na atmosfera, o país é altamente vulnerável aos efeitos das mudanças climáticas, que têm como causas principais o aumento permanente e intensivo da concentração desses gases na atmosfera.

O Coordenador do Projecto NAP, Victor Bonfim diz que a vulnerabilidade de STP deve-se ao facto do país ser muito pequeno em termos de território, de ser um país insular, formado apenas por ilhas, e rodeado do mar por todo os lados.

Conforme ambientalista, assim, a pequena extensão territorial, o isolamento, obstáculos económicos e sociais condicionam o acesso ao apoio técnico, ao financiamento adequado, e consequentemente limitam a capacidade de adaptação e mitigação aos impactos das mudanças climáticas, tornando STP altamente vulnerável.

“Os efeitos negativos que as mudanças climáticas têm provocado cada vez mais no mundo em geral, São Tomé e Príncipe aderiu em 1992 e ratificou em 1998, a Convenção- Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas e em 2015, o país aderiu ao Acordo de Paris sobre o clima”, disse o coordenador. E, adietou que todos esses acordos onde estão envolvidos quase todos os países do mundo, têm por objectivo estabilizar, ou mesmo diminuir, a missão de gases com efeito de estufa para atmosfera e apoiar os países mais vulneráveis para superar essas vulnerabilidades.

Porém, o Coordenador do Projecto salienta no âmbito do acordo do País, o Fundo Verde para o Clima criado em 2010 em Cancúm – México, foi solicitado pela Convenção a apoiar os países menos desenvolvidos como é o caso de STP, na formulação de Plano Nacionais de Adaptação (NAP) em conformidade com as decisões 1/CP:16 e 5/CP.17 . O programa GCF Readiness and Preparatory Support,  foi assim criado para a formulação dos NAPs sob as orientações técnicas do Secretariado da Convenção.  

Segundo coordenador da NAP com apoio do Programa das Nações Unidas sobre o Ambiente – UNEP, obteve em 2020 um financiamento para elaboração do seu primeiro NAP. Este processo está a ser implementado pela Direção Geral do ambiente através de uma Equipa de Coordenação nacional.

Victor Bonfim definiu dois objetivos fundamentais da NAP que são, reduzir a vulnerabilidade aos impactos das mudanças climáticas e construindo capacidade de adaptação em políticas e programas novos e existentes, especialmente estratégias de desenvolvimento.

Ele explica, porém, de conformidade com as diretrizes para a elaboração do NAP, este deve ser um processo contínuo, sensível às questões de género, progressivo e interativo, cuja implementação deve basear -se em prioridades identificadas a nível nacional, incluindo aquelas refletidas nos documentos nacionais pertinentes, planos e estratégias, e coordenados com os objetivos nacionais de desenvolvimento sustentável, nomeadamente planos, políticas e programas.

Para garantir a adesão ao processo NAP, as partes interessadas devem estar cientes das questões colocadas pelas mudanças climáticas à população e compreender a importância do planeamento da adaptação para país, o que ainda não é totalmente o caso em São Tomé e Príncipe. Que na realidade a sensibilização e a compreensão ainda são muito limitadas no País, mesmo ao nível das instituições técnicas, especialmente nos ministérios setoriais, conhecimentos são imputados pelas mudanças climáticas.

JT

 

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