Políticas para mitigar alterações climáticas em análise em São Tomé

user 28-Mar-2023 Nacional

Especialistas e líderes lusófonos que trabalham em organizações governamentais dos países da CPLP, estão reunidos até amanhã em São Tomé no quinto seminário presencial do núcleo lusófono para debater sobre políticas públicas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Pretende-se ainda neste seminário rever e aprovar o plano de trabalho para as actividades prioritárias do Núcleo Lusófono para o biénio de 2023-2024.

Transparência e financiamento climático dominam esta conferência internacional que reúne especialistas dos nove países da CPLP.

A busca de promoção e melhoria da implementação das decisões do Acordo de Paris em 2016, em particular no que toca ao financiamento climático, relevantes para os países lusófonos são alguns dos objectivos deste encontro.

A contribuição nacionalmente determinante de São Tomé e Príncipe inclui metas ambiciosas de redução de gases com efeito de estufa assente no aumento de produção de energia limpa, segundo Adelino Cardoso, ministro são-tomense dos recursos naturais e meio ambiente."Reconhecemos a importância de tomar medidas urgentes e ambiciosas para enfrentar a crise climática global e estamos determinados a fazer a nossa parte" garantiu o governante.

São Tomé e Príncipe dispõe de um património florestal ainda virgem e, por isso, Sulisa Quaresma, directora-geral do ambiente e da acção climática, defende a existência de instituições mais fortes para superar os desafios nessa área. "É nesta óptica que, a nível nacional, estamos a desenvolver várias estratégias, políticas e planos. Nós já elaboramos a nossa 'NDC', que são as nossas contribuições nacionalmente determinadas, em que estabelecemos metas a cumprir até 2030 no que toca à redução das nossas emissões, através do aumento da matriz energética renovável até 50%", indicou a responsável.

Recorde-se que São Tomé e Príncipe faz parte dos países que estão em primeira linha face às consequências das alterações climáticas. Em Novembro de 2021, o Presidente são-tomense, Carlos Vila Nova, revelou na COP26, em Glasgow, que o seu país tinha já perdido 4% do território devido à subida do nível do mar resultante das mudanças climáticas.

Rfi

 

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