Nomeação de um novo Chefe de Estado-Maior em São Tomé e Príncipe

user 09-Dec-2022 Nacional

Na sequência da reunião hoje do Conselho Superior de Defesa no Palácio presidencial, foi nomeado um novo chefe de Estado-Maior das Forças Armadas de São Tomé e Príncipe depois da demissão ontem do seu antecessor, Olinto Paquete, na sequência  do assalto ao quartel-general militar do Morro na semana passada no âmbito do qual morreram quatro pessoas acusadas de tentativa de golpe de Estado.

João Cravid, coronel do exército no activo, é a escolha do executivo para exercer as funções do Chefe do Estado-Maior das forças armadas de São Tomé e Príncipe, depois de Olinto Paquete ter colocado o cargo à disposição. João Pedro Cravid, que exerceu a função de juiz do Supremo Tribunal Militar também frequentou o Palácio do Povo durante 10 anos, onde foi ajudante de campo do ex-presidente da República Miguel Trovoada.

O anúncio da nomeação de João Cravid foi feito pelo Presidente da República que é também o comandante supremo das Forças Armadas, no termo da reunião do Conselho Superior Nacional de Defesa convocada de urgência pelo Chefe de Estado. "Sob proposta do governo, a escolha dos conselheiros recaiu na pessoa do senhor João Pedro Cravid, coronel do exército no activo que reunia as condições para o exercício do cargo de Chefe de Estado-Maior" anunciou o Chefe de Estado são-tomense.

Carlos Vila Nova referiu que é preciso prosseguir as investigações para apurar as causas do que sucedeu no dia 25 de Novembro e disse que continua atento ao desenrolar dos acontecimentos. "Continuarei atento ao desenrolar das investigações que prosseguem com vista ao apuramento da verdade, sobretudo as circunstâncias em que aconteceram as mortes e a responsabilização de todos os culpados" declarou Carlos Vila Nova.

Em questão está designadamente a morte de quatro pessoas em circunstâncias ainda por esclarecer, na sequência daquilo que foi classificado pelas autoridades são-tomenses como uma "tentativa de golpe de Estado", acontecimentos em torno dos quais se adensaram questionamentos depois de terem sido divulgadas na quarta-feira imagens mostrando designadamente um detido – que acabou por morrer –, deitado no chão, ensanguentado e com as mãos amarradas, a ser agredido por um militar com um pau, na presença de vários outros soldados. Rfi

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