Demissão de Costa: Presidente Marcelo convoca partidos e conselheiros

user 08-Nov-2023 Internacional

O Presidente da República já confirmou que aceitou o pedido de demissão do primeiro-ministro António Costa, mas até à próxima quinta-feira, dia 9, manter-se-á em silêncio. Só depois de ouvir partidos e os conselheiros, Marcelo falará ao país, aos portugueses.

Minutos depois da declaração de António Costa ao país, o Presidente da República emitiu uma curta nota na qual confirma que aceitou o pedido de demissão do primeiro-ministro. Marcelo informa ainda que se manterá em silêncio até à próxima quinta-feira para ouvir partidos e conselheiros.

“Na sequência do pedido de demissão do Primeiro-Ministro, que aceitou, o Presidente da República decidiu convocar os Partidos Políticos representados na Assembleia da República para amanhã, quarta-feira, dia 8/11 e convocar o Conselho de Estado, (…) para se reunir depois de amanhã, quinta-feira, 9 de novembro, pelas 15h00, no Palácio de Belém", lê-se na nota da Presidência.

Logo após, estes encontros, o Presidente da República falará ao país. “O Presidente da República falará ao País imediatamente a seguir à reunião do Conselho de Estado”, concluiu a nota.

Leia aqui a nota da Presidência.

Antes da confirmação de Belém, o primeiro-ministro anunciou, na declaração que fez ao país, que o Presidente da República tinha aceitado a sua demissão e deixando uma garantia: não será recandidato ao cargo se o chefe de Estado convocar eleições legislativas antecipadas.

"Não, não me vou recandidatar ao cargo de primeiro-ministro, que isso fique muito claro. É evidente que esta é uma etapa da vida que se encerrou, além do mais, porque como nós todos sabemos, os processos crime raramente são rápidos e portanto não ficaria certamente a aguardar a conclusão do processo crime para tirar outra ilação", afirmou o líder do executivo.

Questionado sobre a possibilidade de Marcelo não aceitar o pedido, Costa foi perentório. A “demissão foi aceite”, quanto ao futuro, concluiu, “o Presidente da República quererá ponderar qual é a data a partir do qual produz efeitos a minha demissão”.

“E, eu naturalmente, como é o meu dever constitucional, legal e cívico, manter-me-ei em funções até ser substituído por quem me vier a substituir como primeiro-ministro”, assegurou António Costa, a partir de São Bento.

Com LUSA

Notícias Relacionadas

Noticias Recentes