Internacional
Os Seis Jovens Argumentaram Que A Ambição Climática Dos Países Acusados, Incluindo Portugal, é Insuficiente Para Proteger Os Seus Direitos Fundamentais, Incluindo O Seu Direito à Vida, E O Seu Direito Ao Seu Bem-estar Físico E Mental.
Os jovens Que Apresentaram Uma Queixa Contra 32 Países no Tribunal Europeu Dos Direitos Humanos (TEDH) Dizem Que Os Seus Argumentos Estão Cada Vez Mais Fortes, E Esperam Ganhar, Para Não Ter De Voltar A Apresentar Um Caso Idêntico.
"Desde Que Começámos Este Caso Sentimos O Impacto Da Crise Climática A Agravar-se Cada Vez Mais, Especialmente O Calor. Em 2023, Julho Foi O Mês Mais Quente De Que Há Registo. É Assustador Pensar Que Isto é Apenas O Início E Que Só Vai Ficar Mais Calor", Disse à Lusa Catarina Dos Santos Mota, 23 Anos, Que Faz Parte Do Grupo De Seis Jovens Portugueses Que Apresentou A Queixa.
Os Seis Jovens Argumentaram Que a Ambição Climática Dos Países Acusados, Incluindo Portugal, é Insuficiente Para Proteger Os Seus Direitos Fundamentais, Incluindo O Seu Direito à Vida, E O Seu Direito Ao Seu Bem-estar Físico E Mental.
Questionada Pela Lusa Se Os Pressupostos Para A Queixa Se Mantêm, Dado Que Já Se Passaram Dois Anos Desde Que A Apresentaram, A Jovem Afirmou Numa Resposta Escrita Que Sim, E Acrescentou: "O Nosso Argumento Está A Ficar Mais Forte à Medida Que Os Impactos Se Agravam".
Para A Audição De Quarta-feira A Jovem Antecipa Que Os Seis Irão Informar O TEDH, Em Estrasburgo, Sobre A Forma Como Os Seus Direitos Estão A Ser Violados Pelos 32 Governos.
"Esperamos Ter Uma Audiência Bem-sucedida. Esperamos Que Os Juízes Façam O Que é Correto E Nos Protejam. Esperamos Que A Sentença Seja Proferida Dentro De Seis A 12 Meses", Disse Catarina Mota.
Otimista, A Jovem Acrescentou Que A Expectativa é A De Que Os Juízes Reconheçam A Importância Do Caso. E Que Reconheçam "que Os Governos Europeus Têm De Fazer Muto Mais Do Que Aquilo Que Fazem Atualmente".
Martim Duarte Agostinho, 20 Anos, Outro Dos Seis Jovens Portugueses Que Protagoniza A Ação Inédita, Disse Que Cada Pessoa Tem Formas Diferentes De Lutar Por Aquilo Em Que Acredita, Que A Forma Que Escolheram Tem Grande Impacto, E Garantiu Que Na Generalidade Os Jovens Estão Preocupados Com O Futuro E Estão Prontos Para Lutar.
"Na Coreia Do Sul, Na Rússia, Em Vanuatu E Noutros Países, Muitos Jovens Estão A Usar O Poder Da Lei Para Responsabilizar Os Governos. Sabemos Que A Litigância Climática é Já Uma Fronteira Desta Luta. Com A Crise Climática A Causar Estragos, Pensamos Que Haverá Cada Vez Mais Casos A Surgir Em Todo O Mundo", Afirmou O Jovem.
Com A Iniciativa Junto Do TEDH a Ter Grande Projeção Mediática Vai O Grupo Continuar Noutras "lutas" Climáticas, Protagonizar Outras Ações? É Sofia Dos Santos Oliveira, 18 Anos, Quem Responde: "Por Agora, Estamos A Concentrar-nos Neste Caso. Também Estamos Ocupados Com A Escola, Os Empregos E As Nossas Vidas Normais, Pelo Que Só Estamos A Tomar Este Caso Como último Recurso Para Nos Protegermos."
Mas Deixou Um Aviso: "Esperamos Ganhar, Para Não Termos De Voltar A Apresentar Um Caso Como Este".
História De SIC Notícias